ESTILOS DE VIDA

RECORTES ADAPTADOS DO LIVRO

Para Jorge Luiz Borges, "a cegueira deve ser vista como um modo de vida: é um dos estilos de vida dos homens". Essa afirmação da cegueira como um estilo de vida, é uma afirmação ética que desafia nossos padrões de normal e patológico.

A anormalidade é um julgamento estético e, portanto, um valor moral sobre os estilos de vida. Há quem considere que um corpo cego é algo trágico, mas há também quem considere que essa é uma entre várias possibilidades para a existência humana.

Afirmar que a deficiência é um estilo de vida não significa igualá-la em termos políticos a outros estilos de vida disponíveis. Diferentemente de outros modos de vida, a deficiência reclama o "direito de estar no mundo". Há algo de particular no modo de vida da deficiência, que é o corpo com lesão. É por meio do corpo que se reclama o direito de estar no mundo.

OUTRAS REFERÊNCIAS 

GESEULI, Zilda Maria. Língua (gem) e identidade: a surdez em questão. Educação & Sociedade, v. 27, n. 94, p. 277–292, 2006.

ORTEGA, Francisco. Deficiência, autismo e neurodiversidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 1, 2009.

SATOW, Suely. Paralisado cerebral : construção da identidade na exclusão. 2a Rev. Amp. São Paulo: Cabral/Robe, 1995.


MATERIAL ILUSTRATIVO

Imagens da obra e da pintora Frida Kahlo

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